Trecho da entrevista de Paulinho Paiakan à revista Brasil Indígena, da Funai:
"Eu dou toda a razão de homem branco brigar comigo, principalmente a Veja. Porque eles são inimigos de índio. Mas eu não tenho raiva da Veja, da imprensa por divulgar minha imagem (de modo) ruim. A Veja está brigando, pensei, porque eu defendo meu território indígena, onde eu sou origem (...). Se algum dia eu tiver oportunidade de conversar com o editor da Veja, aí sim, nós discutimos, dialogamos sobre o conhecimento dele e o meu conhecimento. Não adianta eu brigar com a Veja. Eles estão com todo o poder nas mãos. E eu não tenho nenhum poder."
Paulinho Paiakan, explica a revista Brasil Indígena, ficou conhecido por liderar atos como a reivindicação da demarcação de terras kayapós ou contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Em 1992, foi acusado de estuprar uma jovem não-índia no Pará. Foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado e desde então vive recluso na terra indígena Kayapó. A Funai já requereu à Justiça o reconhecimento de que ele cumpriu pena em regime domicilar, segundo o Estatuto do Índio. Paulinho Paiakan sempre negou as acusações. Veja deu tanto destaque ao fato que fez uma capa com Paiakan.
É bom lembrar: além do PT, de Lula, de Fidel e de Chávez, Veja também detesta indígenas.
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